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SUSPEITO


SUSPEITO


I PARTE
O Detetive  
A rotina é um tédio, estou aqui a dias, nesta casa vazia,  e algumas vezes  Magrelo  me acompanha na rua. Magrelo é o meu cachorro que encontrei a 15 dias com fome e com sede. Gosta também de se parceiro no  macarrãozinho que não deixo de comer, todo santo dia. Quando minha mãe estava viva, dizia que eu iria morrer de câncer, por não acostumar o meu paladar, com outros nutrientes. Dizendo que essa comida era uma lavagem sem procedência.  
Como a minha situação não é das melhores, no aspecto financeiro, achei melhor continuar com este menu, na semana passada, fui ao supermercado e comprei   cento e dez unidades de macarrão, sendo a maior delas de frango com bacon, fácil de preparar e delicia no sabor. O vendedor pensou que eu tinha uma mercearia. Para logo finalizar a conversa, falei que tinha acabado de inaugurar.  
Vivo com pouco dinheiro, alguns trabalhos que faço, é de marido de aluguel. Muitas  mulheres aqui da minha região solteiras, valorizam este tipo de trabalho.  Muitas vezes deparando com a troca da lâmpada, o marido chegava de viagem e achava que eu era o amante,  provocando maior algazarra e brigas, sair muitas vezes de olho roxo.
Passei a metade da minha vida procurando trabalho e buscando um lugar para se sentir bem. Todos os trabalhos que passei, não gostei.
Sempre fui fã de filmes de detetives, pensei até ser  ator. Gosto de ler jornais nos finais de semana, e no classificado do dia 7 de abril de 2010, destacava um anuncio que iniciaria daqui dois dias um curso:“SEJA UM DETETIVE” com duração de 2  meses, sem pagar a mensalidade. A Exigência era que os  alunos tinha que ser maior de 22 anos.  
Achei um barato, nunca imaginei que existia este curso de detetive, queria voltar estudar. Voltar depois de 5 anos fora da escola, e sem terminar o ensino fundamental. Esse curso me proporcionaria uma profissão e futuramente um trabalho. Nunca podemos trair o nosso pensamento positivo, isso li no livro de auto ajuda do Augusto Cury.
Minha mãe lia bastante, achava que os livros de auto ajuda era os melhores. Não discordava com ela, porque não tinha e nem tenho o habito de ler. Acho chato e me dá sono. Os únicos livros que gosto e leio, tem que ter, 30 paginas, no máximo, e se não for de aventuras e crimes, não tenho interesse.   
O Curso de investigação me proporcionou um convívio social, até gostei de uma menina que só foi  na primeira semana. Os seus olhos era da cor de jabuticaba.  20 km era mais ou menos por dia que percorria para chegar no centro de estudo. Havia poucas pessoas em sala de aula, percebi que não era o gosto de muitos, sempre existia muitas provas de pegadinhas.
A minha nota não passava de 4 e 5 pontos,  os professores pediam mais empenho, como arrependi não terminar o meu ensino fundamental. Não estava conseguindo desvendar nem uma simples piada. 
Quando chegou no fim do curso, o meu professor dizia, que todos seriam indicado, para um trabalho, muito breve. Entregou os certificados e me deu um grande parabéns. Fiquei feliz!  Assim poderia mudar o meu destino e meu guarda roupa, quem sabe no primeiro caso ter dinheiro para comer em algum restaurante do setor Jaó.
Isso que te falo passou a dois anos atrás, e aqui ainda continuo esperando uma chamada do meu professor ou de algum cliente em desespero para usar essa roupa de detetive que comprei na semana passada, e até agora não tive retorno.     

(daqui 15 dias tem a segunda parte se tem alguma ideia ajude a construir este texto)

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