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TENHO CABEÇA TORTA


TENHO CABEÇA TORTA


           Tenho cabeça torta, cabelo esticado, jeito desengonçado. Mas tenho a palavra certa, e jogo nas pressas este “bronto”.
Neguinho aqui do cerrado chupa muita cana, bato com charada os meus versos e resumo com uma simples palavra, - Sou cantador, morando no tributo da minha existência tricotada ,da meiguice de criança criada no colo e mãe limpando “o foi e fui fó”

O sangue de artista popular “trúpica” nas minhas veias. Meu pai cantador de serra, sertanejo, canta musica popular. Na beirada do terreno, vizinho aconchega e vamos “afumegar”. Ser artista não é fácil, então porque ser?  
As músicas que construo, faz sucesso e é compactada com o diabo, não tem melodia, não tem poesia, não tem Deus para salvar. Mas estou aqui tocando o meu samba porque aqui não falta estilo nesta lambança.

Eu que escrevi para postar nesta rede, não encontro a minha senha para me averiguar, essa rede não é de algodão mas tem o  perfil de  facebook,  para quem sabe amanha tá na televisão dando entrevista e os meus vizinhos gritar. “Ele vai “aperreiar””.  Seja do sentido e outro quero mesmo é aparecer neste sertão que não tem cordão. 
  A historia pode cambalear, para um lado, para o outro mais a minha “estória” não é esta, é chegar à hora, e na beirada de um “botequinho” pedi uma jaca.
 Sei que a cachoeira das lagrimas descerá nas minhas cavidades mais home que é home, aguenta calado na beira da mesa, sem escândalo, e sem vozear. Sei que os anos já passaram, tive só desgosto com aqueles que mais acreditei, mais o que aprendi  ninguém pode tirar.
 Sou madeira aroeira, dura, e como cedro, macio por dentro, tenho as serragens dos sentimentos.
Pego a minha carruagem, e me vou, com a melancia cortada, eu sem frescura vou chupando na noite, jogando as sementes na terra para  quem sabe no crescer, tenha mais pés de “melanina”, porque quem planta pode colher. Porque neste mundo dos açoites tem que tomar cuidado para não empardecer.  
Afirmando!  Sou da cueca fedida  peregrinado a fazer versos e versos em um papel sujo e sem ponta no lápis, vou contando para vocês a minha angustia.
Até fico confuso, sem saber se estou no devaneio de uma historia mal contada.
 Quando digo que amo, não duvide.  
Se um dia entrei nesta confusão, é porque com a gaita não toquei, e se os amigos  foram embora,  porque ocupado estão.
Vou “crochetar” e coser na roda de fiar a historia que nunca contei para ninguém, se a canção é preservar a  cultura particular desses versos e prosa.
Um dia deste você vai me ver na praça com calça na cabeça tentando fazer repente, gritando sem dizer nada com a mente.
Então gritaremos” doidão quem sabe pode ter uma salvação.  Considerado  de home  tagarela deste lado da confusão. passando pelo  pau de arara, coloquei a minha carroça na frente dos bois, e continuei a viajem.
Viajando há anos neste cerrado infinito, quando  digo que na minha cintura tem um metro de lamina afiada, pode acreditar!
Porque quando puxo, pode aparecer até o bicho do inferno com seu chifre que corto só com uma escavanhada.
Fiquei falando horas para você,  mas não me apresentei - O meu nome é Dorací  de Lima...

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