Pular para o conteúdo principal

MULHERES ...



Esse mês de março comemoramos grandes datas e uma delas é o Dia Internacional da Mulher, um dia mundialmente marcado por lutas históricas por espaço e igualdade de gênero.
Semana passada, uma pré-candidata a prefeita em Goiânia postou um vídeo falando da sua trajetória e seus objetivos. Os comentários nas redes sociais foram terríveis, principalmente vindo dos homens adultos e jovens, eles comentavam que depois da Dilma não iriam eleger mais nenhuma outra mulher, pois “mulher não é para política”. Sinceramente, como um homem fiquei extremamente horrorizado.
Esse comentário me fez recordar que no ano passado em um discurso em Cingapura, o ex-presidente Barack Obama exaltou a figura da mulher. “Se as mulheres governassem todos os países do mundo, haveria uma melhora geral no padrão de vida e nos resultados, afirmou o ex-presidente.
Na internet nos deparamos com os comentários mais covardes contra as mulheres que querem exercer cargos de destaque na sociedade, é principalmente nesse ambiente abstrato de senso crítico que vemos a verdadeira face do machismo, recheada de ataques, grosserias e, sobretudo, preconceito de gênero.
Sou filho de uma mulher que sempre trabalhou fora e em casa, e a maior luta dela era ter um trabalho ou um espaço que pudesse fazer suas coisas para não depender do meu pai. Em nossa casa, eu e minha irmã fomos ensinados a fazer os mesmos afazeres domésticos, sem distinção sobre o que é tarefa de homem ou de mulher.
Mas a realidade é que a maioria das famílias brasileiras carregam comportamentos tradicionais e quase sempre sexistas, por exemplo, não deixam o menino lavar uma louça ou brin
car de boneca, bem como uma menina brincar de futebol.
Sem tantas pesquisas e informações como se tem hoje, os egípcios antigos usavam o boneco para as crianças expressarem ou representarem o mundo para si mesmo. O boneco tem a tenuidade de diminuir a ansiedade que ela não consegue expressar verbalmente. Além disso, o cuidado que as crianças têm com os bonecos também incentiva a cuidar do próximo.
Os meninos ainda ganham mais brinquedos que envolvem ciência e matemática, enquanto as meninas são presenteadas com brinquedos quase sempre relacionados a maternidade e a casa, o que reforça ainda mais os estereótipos de gênero. E, segundo um estudo realizado pela Universidade de Washington com meninos e meninas de 1ª a 5ª série, mais meninos do que meninas se identificaram mais com o perfil matemático, ou seja, é o reflexo de que desde pequenas as meninas são ensinadas a exercerem o papel de passividade na sociedade.
O que isso nos diz?
No mundo com tanta desigualdade, onde as fábricas e produtores de emoções ainda determinam cores e objetos de meninos e menina, onde quase sempre a mulher é vista como inferior, precisamos botar fogo nas fábricas (em alusão ao 8 de março de 1857 em Nova York) que determinam desde cedo o nosso comportamento desigual, é assim que almejamos que o 8 de março fosse em todo o mundo.

Marcos Marrom - Representante do MCT (Movimento Comunitário Trabalhista) de Aparecida de Goiânia e Presidente do projeto DiverCIDADE Aparecida/Goiânia. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MARCOS MARROM #01

  QUEM É Marcos Marrom no universo artístico ?  Marcos Marrom é um artista multifacetado que atua no universo artístico por meio de diferentes expressões, como o rap, o teatro e o trabalho com bonecos. Sua trajetória artística começou quando descobriu o poder transformador das artes, especialmente do fazer artístico, que o salvou de diversas adversidades. Inicialmente, Marcos Marrom foi introduzido ao mundo do rap, um estilo musical muito forte na periferia onde vivia. Apesar de não possuir habilidades musicais, ele se dedicou a escrever rimas e letras, o que posteriormente resultou em projetos musicais e livros. Essa curiosidade e dedicação o levaram a explorar outras áreas artísticas, como a língua, levando-o a se formar em letras e a abrir sua mente para criar novas possibilidades. O teatro também desempenhou um papel fundamental na vida artística de Marcos Marrom. Em 2003, ele começou sua jornada teatral e, em 2005, passou a integrar a renomada Cia. Teatro Nu Escuro, em Go...

QUERO PLANTAR E COMER

  Sempre na internet surge uma nova  onda de publicação, e essa achei muito legal, o tema são as curiosidades. Resolvi  fazer a minha diferente. Porque este texto aqui, também vai para o meu blog. cadernodomarcosmarrom.blogspot.com vai lá e conferi. (se já está aqui, divulgue para nós)  Enfim, quero falar uma curiosidade  da minha vida. Sou um menino urbano e  não nasci na roça , mais minha família veio da roça, e isso me faz uma pessoa de sorte.  Por isso que posso falar, "minha família é roceira". Com essa herança  cultural, vi meu Avô plantando, me presenteando com cana e mandioca. Ele morava em Tocantins, depois precisou vim para Goiás onde reconstruiu a sua vida.  Chegou em Aparecida de Goiânia e foi morar no Bairro Garavelo. Ele não tinha terra para plantar. Mais o lote vizinho tinha muito mato, e o dono sem muito cuidado e sem condição de construir uma casa , deixou o meu avô plantar.   Ele Junto com a enxada, era um show a ...

BASTIÃO

O Grito ecoa no ar, precisou do meu tio Sebastião morrer, para todos se calarem. Seu riso era o infinito do mundo. As lagrimas escorreram nas faces de jovens esperançosos. Mas surgiu um novo mundo, sem sabermos ainda como lidar, só o tempo vai dizer... Aprendizados foram muitos. Só sei... Mas não sabendo... Responder, pergunto: Tomaremos de partido as suas atitudes? Ouvir rumores de Deus, Sim! Acredite! Tudo na forma de trovejo e chuva, que ao chegar no céu, logo ele se  encontrou com a sua amada  e com a sua cunhada em repletos risos e carinhos... Depois encontrou com seus netos, sobrinhos, irmãos e tudo virou festa. Depois de algumas horas, ainda sem saber onde estava, deu a primeira gargalhada dizendo que há muito tempo não se sentia  livre como um jovem saudável. Sua família que chorava bem longe, voltava a sua rotina de pouco a pouco, e alguns abraços  despertavam sentimentos verdadeiros. A porta do encontro ali se abria.  E no meio da conversa, ...