O
Grito ecoa no ar, precisou do meu tio Sebastião morrer, para todos se calarem.
Seu
riso era o infinito do mundo. As lagrimas escorreram nas faces de jovens
esperançosos. Mas surgiu um novo mundo, sem sabermos ainda como lidar, só o
tempo vai dizer... Aprendizados foram muitos. Só sei... Mas não sabendo... Responder,
pergunto: Tomaremos de partido as suas atitudes?
Ouvir
rumores de Deus, Sim! Acredite! Tudo na forma de trovejo e chuva, que ao chegar
no céu, logo ele se encontrou com a sua amada
e com a sua cunhada em repletos risos e
carinhos... Depois encontrou com seus netos, sobrinhos, irmãos e tudo virou
festa.
Depois
de algumas horas, ainda sem saber onde estava, deu a primeira gargalhada dizendo
que há muito tempo não se sentia livre como
um jovem saudável.
Sua
família que chorava bem longe, voltava a sua rotina de pouco a pouco, e alguns
abraços despertavam sentimentos
verdadeiros. A porta do encontro ali se abria. E no meio da conversa, surge um comentário. -
Aquele parentesco sumido veio hoje... Momentos que ficam e se despedem sem nós dá
tchau!... É assim a vida, uma caixinha de surpresa...
O
mundo é para quem vai, no dia 24 de abril de 2017, sem um adeus definitivo, o relógio toca e a hora que
ninguém sabia o horário, foi interrompido pelo um estrondo de uma corneta
desafinada.
Este
velhinho que sempre sem camiseta estava. Vestiu uma camisa azul de manga longa
para dá uma volta no céu, e de longe mandou uma mensagem de pingos de chuvas.
“Se cuidem, estou bem... se vejam... Só assim, que podemos a cada dia nós
conhecer melhor.” Talvez fosse isso que ele traduzia, quando nós limpávamos os
para-brisas dos carros na GO 020.
Deixou
filhos, netos, amigos, sobrinhos, amor, vida e continuidade para paz do mundo,
não deixando dividas, mostrou a sua valentia de um homem verdadeiro.
Mostrou
para muitos sobrinhos, filhos e netos o que é viver e admirar a vida, segundos por segundos.
Reclamar
era só da sua coluna, que algumas vezes se sentia incapaz de levantar do sofá. Gostava
de trabalhar, era um homem forte. Sempre
com suas conversas divertidas, não podia
faltar, a palavra “dinheiro”. Dinheiro diferente, não entenda errado, ele não falava desse dinheiro que quer acabar
com o mundo...
Trabalhou
muito. Eu vi. Levando sonhos, fez da sua
carroça e de sua égua que se chamava Gaúcha o seu cajado de magia, como um mago.
Não sei se você me entende. Mas tudo bem, aqueles que vivem camuflados entre os
homens cheios de magias e poderes, acho que fiquei confuso, vamos fazer outro
paragrafo...
Escrevo
sem saber a época, e que época publicarei, faço este texto um dia depois de sua
ida, ainda em sentimentos. Não sei se conseguirei publicar, e quem sabe voltar
em sua casa, vou deixar aqui no meu caderno e com os olhos vendados, uma data
programada para esta publicação. Espero que alguém possa ler. Mas se ninguém ler este texto, só será uma folha com sentimentos.
Se uma lagrima expressa algo, já enxugo. E como terminará isto? Não sei...
Quem
sabe, daqui um algum tempo. Onde ninguém mais conversar e se encontrar. A sua
família, possa entender que já existiu um homem de um coração bom e puro, e
podermos lembrar que somos herdeiro desta magia encantadora.
Memoria
do meu tio Sebastião Ribeiro.
Ganhei agora, postumamente, nas palavras do Marrom, um Tio Sebastião que queria ter conhecido em vida. Grande Marrom .... abraços....
ResponderExcluirMarcão grande homem. Fico feliz pelo seu comentário.
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