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LEMBRANÇAS ... CAPITULO 6


Nesta semana o Rex morreu, muito triste para todos da casa. Foi ocasionado por uma doença que ataca muitos animais domésticos que  talvez você tenha conhecimento, essa doença que se chama  “parasitose” também atacou o cachorro do meu vizinho, e ele no outro dia  veio falar para mim que o  seu  cachorro também tinha falecido.    

Esse dia que o meu cachorrinho se foi, fiz este texto para não esquece-lo. Foi no dia 23 de setembro de 2013 no período da tarde, tinha 10 anos, mas parecia com menos.

Muitas saudades vão ficar, o chorinho dengoso a brincadeira, o companheirismo, e já estou com saudades! Pequeno Rex! Mas com uma grandeza enorme.  

Na segunda feira, fui em casa para pegar alguns materiais e  levar para escola Dom Abel, onde lecionava, ficava próximo ao meu bairro Parque Atheneu. Quando fui para o meu  escritório que fica nos fundos de casa, deparei com o Rex,  deitado na sua casinha feita de madeira.  Mas como adorava! Nunca vi tanto amor por esta casa  e quando estava dentro,  ninguém podia tocar, ficava bravo, mais sorria também...

Ele estava deitado tentando respirar, lutava para sobreviver, e quando cheguei perto, vi que ele tinha vomitado, coloquei a mão em sua cabecinha e dei carinho, coloquei água fria perto de sua casa e  deixei ele quieto.

Voltei para frente do meu computador, estava tirando copias  dos meus trabalhos que tinha eu feito semana passada. Agora queria  mostrar em sala de aula.
Preocupado com esta situação estava sentado em uma cadeira giratória, esperando os papéis da  impressora.

 Sentado ao computador digitando, ele aparece na porta balançando o rabo,  fui em sua direção e dei mais carinho,  parece que ele queria se despedir, parece que os movimentos do rabo para lá e para cá, era um tchau.

  
Ficamos juntos algumas horas, ali eu querendo falar com ele, mais ele já não respondia.  Mesmo assim mostrava alegria no meio de uma dor enorme. Será que ele gostou ter   vivido conosco?

Entrei em casa, observei de longe  ele próximo a sua caminha ficar de pé, as suas pernas tremiam, estava sem força, e nem sequer o seu corpo podia  deitar da forma que ele queria. Será que ele agora  buscava uma melhor forma  de morrer?

Meu pai ali sentido toda emoção, olhava os movimentos do cachorro. Onde  meu pai foi um dos maiores   responsável de alimentar este animal. Colocava  a comidinha no meio dia, e a noite, ele agora  chorava  em silêncio, ele aposentado já não teria um serviço diário.  

Meu pai gostava tanto do  Rex que parecia ser o ultimo cachorro do mundo. Também era  o único companheiro da casa, quando todos estavam na rua fazendo os seus trabalhos.  

O Rex tinha uma mania, não podia escutar o barulho da panela, que já logo ficava em alerta e chorando.

Quando chegava a noite  ele já ficava latindo e resmungando, tinha uma outra coisa também, era muito dramático  sempre quando tinha visita em casa ele para chamar atenção fazia cocô perto da janela que ficava o quarto da minha irmã.
Minha mãe sempre dava banho no Rex, ela sempre brincava com ele, a tarde gostava de solta-lo do portão para fora, na rua  sempre tinha que ter uma pessoa  observando.  
    
Eu ganhei esse cachorro no ano de  2001 terminava o segundo grau. Tinha 17 anos, me lembro que quando ganhei fui até para escola com ele, foi aí que surgiu o nome, tinha dois meninos que moravam no fundo da escola e a menina sugeriu. Não lembro o nome dela, mais era muito diferente do normal.

Essa época ainda estava trabalhando no Ipasgo, como jovem aprendiz, quem me presenteou esse belo cãozinho foi um rapaz digitador de poucas palavras, que saiu da empresa para virar padre, não lembro o seu sobrenome, mais lembro que se chamava  Thiago.



Minha Mãe achou um máximo quando ele chegou, ninguém podia deitar no chão que ele chegava e logo pulava em cima da barriga ou da bunda, deitando e logo se apossando.

Meu pai nunca foi de deixar cachorro entrar em casa. Então logo providenciou fechar mais o buraco do portalzinho que dividia a casa do quintal. impedindo a sua passagem. 

Meu pai sempre dizia - Os animais tem que ficar separados dos homens ....

Um dia o Rex sumiu,   nós ficamos preocupado, alguns vizinhos comentavam que um carro parou e a levou... Como era inocente foi raptado...
Vou contar esse acontecido, para deixar marcado e encerrar essa lembrança:
Como  ninguém soube do paradeiro do cachorrinho Rex,  passamos acreditar  que ele já tinha sumido e não voltaria mais.

Passou duas semana do desaparecimento, meu pai vindo da cozinha  com o copo cheio de leite na mão fala bem alto OLHA O REX NO PORTÃO,  deixou o copo na mesa  e foi imediato abrir e abraça-lo perguntando onde estava.
E  nós gritando olha O REX ! Fomos todos  dar carinho, minha mãe logo foi dar um  banho de  água quente para ele se sentir melhor. Passou até  secador de cabelo para se secar. Eu só  olhava  o que passava e me perguntava, onde esse cachorro foi? Será que ele comeu? Com a dúvida já preparamos uma comidinha e ele morrendo de fome comeu tudo e em seguida foi  para sua casinha deitar, parecia muito cansado e com os pés feridos.

Foi depois de sua volta que ele  não saia mais de casa sozinho, sempre nós tinha que está no portão ou acompanhado ele nós lugares, sempre que brincava de deixar ele lá fora, imediato ele batia no portão e chorava muito,  e ficávamos pensando por onde ele passou que tem tanto medo agora?

O Rex foi o segundo cachorro nosso,  diferente do primeiro que se chamava Duque, o primeiro cachorrinho nosso, que algum dia pode ter uma historia aqui neste blog  não tinha medo d’água.

Se eles se foram e deixaram lembranças, vamos imortalizar estes momentos, porque foi  muito bom  de ter um animal de estimação.  Espero que as suas almas esteja em paz.
Rex e Duque, não esquecerei de vocês, quem sabem  outras  historias contaremos no próximo capitulo...
Então até a próxima ...        
     

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